sexta-feira, 16 de abril de 2010

COMO APROVEITAR O TEMPO EM REUNIÕES DE GRUPO

Difunde-se cada vez mais a prática salutar do estudo de grupos nos meios universitários. Para uma classe nova de alunos que não estejam familiarizados com esta forma de atividade, tais reuniões podem representar apreciável perda de tempo, podem angustiar alunos e gerar frustrações. Vamos, pois, neste livro dedicado aos que acabam de ingressar na faculdade, considerar este problema especialmente em seus aspectos mais práticos gerais. Saibam os alunos que o estudo em equipe é muito proveitoso sob todos os aspectos, quando todos os seus componentes assumem sua parcela de responsabilidade e se dispõem a trabalhar, contribuir e participar ativamente. Todos devem trabalhar, não só estes ou aqueles, porque são julgados mais inteligentes ou menos ocupados.
Logo no início do semestre, a classe deve contribuir-se em grupos de sete ou oito participantes, aproximadamente, e é aconselhável que cada grupo escolha um coordenador. Incumbiria ao coordenador entrar em contato com os professores quando for conveniente, tratar dos interesses se seu grupo junto ao representante de classe, presidir e coordenar reuniões, organizar e distribuir funções, anotar e cobrar colaboração de cada integrante do grupo.
A primeira exigência para que um grupo funcione e atinja em suas reuniões e objetivos previstos por está estratégia de trabalho consiste exatamente na organização prévia do próprio grupo, que deve reunir aluno que tenham facilidade de se comunicar e de se encontrar fora da escola também. Vamos enumerar outras exigências ou normas necessárias ao bom andamento dos trabalhos dos grupos para que haja bom aproveitamento do tempo consagrado a reuniões:
1. Ao receber um tema para trabalho, o grupo deve reunir-se o mais rapidamente possível para programar suas reuniões e proceder a uma primeira distribuição de tarefas preparatórias à sessão de trabalho. Se o tema já estiver definido e a bibliografia tiver sido apresentada pela cadeira, o primeiro trabalho consistirá na busca de fontes; cada participante não só se responsabilizará por providenciar determinado texto, como também deverá lê-lo e esclarecer suas dificuldades antes da reunião da equipe. O coordenador anotará estes compromissos e os solicitará ordenadamente na reunião seguinte. Esta primeira reunião não deverá encerrar-se sem que estejam bem esclarecidos o local, a data e o horário do próximo encontro.
2. Todos deverão providenciar os textos pelos quais se responsabilizaram, e deverão estudá-los conforme será explicado em nosso capítulo a respeito do “estudo pela leitura trabalhada”. Sempre que se tratar de pesquisa bibliográfica, como geralmente acontece, o primeiro passo é providenciar a bibliografia, os livros e os textos. Isto é evidente. Entretanto, há por si grupos que se reúnem sem material, fazem a primeira leitura durante a reunião de equipe. A leitura prévia é necessária para o bom andamento dos trabalhos.
3. Há uma ordem para que os participantes apresentem os textos pelos quais se responsabilizaram e comuniquem brevemente seu conteúdo. Em primeiro lugar, o coordenador passará a palavra àqueles que se encarregaram de pesquisar generalidades em dicionários, enciclopédias e manuais didáticos. Em seguida, solicitará a contribuição daqueles que se responsabilizaram pela análise prévia de segmentos do texto básico.
4. Não se devem alongar debates antes que se chegue ao final de uma primeira apresentação de generalidades da leitura do texto básico. Só depois deste primeiro passo é que deve voltar ao início para um contato mais íntimo com o texto para levantar seu esquema, para discutir suas idéias principais, para avaliar a coerência interna destas idéias, para ponderar o vigor dos argumentos, a perfeição da análise, e assim por diante, conforme esclareceremos mais amplamente no próximo capítulo.
5. de acordo com o nível do grupo ou de sua familiaridade com o assunto em pauta, espera-se que os debates, ao final, ultrapassem o texto, ou seja, caminhem além do texto numa reabordagem crítica de sua tese e de seus argumentos.
6. Nenhuma reunião de equipe funcionará se seus componentes não providenciarem o material necessário, ou não comparecerem preparados para contribuir e participar ativamente. Como debater em círculos de estudo se não se estudou previamente a parte pela qual cada um se responsabilizou? Por outro lado, se o grupo se organizou convenientemente, se escolheu se coordenador, se programou seu trabalho e distribuiu previamente atribuições limitadas e específicas em cada participante, a experiência tem demonstrado que as reuniões de grupos de estudo são de ordinariamente eficiência,quer para desenvolver itens do programa em seminários, quer para elaboração de monografias de caráter didático-pedagógico, quer para revisões gerais para provas ou exames. Tudo quanto apresentamos neste item condensadamente tem caráter prático e genérico. A classe deverá estar atenta a ulteriores especificações que cada cadeira poderá fazer ao solicitar reuniões de equipes para execução de trabalhos em sua área.


Colaborou: Profª. Stela Marques Echeverria Silva

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